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terça-feira, julho 31, 2007

Lembrar o início

Queridos Amigos, Padrinhos e Visitantes

Neste tempo de férias e de descanso podemos também pôr a leitura em dia. Vamos recordar como tudo começou em Inharrime e que melhor maneira de começar que com um poema de Rui Knopfli:

"Os Rios da Minha Terra"
Toda a poesia oculta é dos rios da minha terra.
Os que, cansados, sabem todas as histórias do Sena e do Guadalquivir,
do Reno e do Volga,
ignoram a poesia dos rios da minha terra.
Vinde acordar as grossas veias da água grande!
Vinde aprender os nomes de Uanéteze, Massintoto e Sábiè.
Vinde aprender a música das ignoradas veias que mergulha
no vasto corpo do Incomáti,
o nome melodioso dos rios da minha terra,
a estranha beleza das suas histórias.
Vinde escutar, entender o ritmo gigante do Zambeze,
colosso sonolento da planura,
traiçoeiro no bote como o jacaré,
acordando da profundeza do sono para galgar matos
com cem búfalos estrondeantes.
Vede as margens barrentas do Pungue,
a tristeza doce do Umbelúzi à hora do anoitecer.
Ouvi o lúrio cujo nome evoca o lírio europeu.


Foi perto de um destes Rios da Minha Terra, o Rio Inharrime, que num dia de Maio de 2002, a Ir. Lucília e mais três outras salesianas, se fixaram para construir o Cento Laura Vicuña. A missão é construir um Lar de Acolhimento para meninas órfãs e uma escola Secundária Profissional.


Foi neste local que começou tudo. Com a força desta Grande Mulher, com a dedicação das salesianas que a acompanharam, com o carinho e amizade, abnegação e caridade dos seus amigos espalhados por todo o mundo e através da Campanha do Saco de Cimento começa a construção da primeira das muitas casas que vão trazer um raio de sol no futuro de tantas crianças e jovens, um lar e um sorriso na cara de outras tantas centenas de crianças que, por circunstâncias várias se vêem de tenra idade já sem família.
Foi aqui que tudo começou:

Hoje já chega. Amanhã lembramos mais uma etapa desta viagem. Não perca...

A todos vós que nos lêm, nos acompanham nesta jornada o nosso,

KANIMAMBO!


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