No passado dia 1 de Dezembro de 2005, em que se celebrou o dia mundial da luta contra a SIDA, Dom John Onaiyekan, arcebispo de Abuja e presidente do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SCEAM), dizia na sua mensagem que “o continente africano não precisa que sintam pena dele, «precisa é de amor genuíno, solidariedade e justiça»”. Em Inharrime vive-se também esse drama, a SIDA, que continua a vitimar adultos e crianças. No Centro Laura Vicuña continuamos a lutar contra as consequências que esta pandemia gera na comunidade. Recentemente perdemos mais 3 meninas, duas delas gémeas. Este nosso grito, expresso através deste poema do moçambicano Vilhegas Taborda, é a nossa promessa de continuar a lutar para dar esperança, “amor genuíno, solidariedade e justiça” a todo o povo de Inharrime. Pretendemos também oferecer o nosso obrigada a todas as religiosas, missionários e voluntários que continuam por esse mundo fora a lutar e a dar a sua vida pelos outros, os mais necessitados. Pensando em vós Carolina e Madalena, e tantas outras antes de vós: Hei-de lutar “Hei-de lutar! Até esgotar todas as forças em mim. Hei-de lutar! Para que o homem não durma mais no banco do jardim. Hei-de lutar! Para que o homem não seja mais homem assim. Hei-de lutar! Até lavar com o meu sangue A dor do banco do jardim. Hei-de lutar! Hei-de lutar. Até acabar com todos os egoísmos. Hei-de lutar! Até que cessem entre os homens todos os abismos. Hei-de lutar! Hei-de lutar. Até lavar com o meu sangue todo o ódio, todo o rancor. Hei-de lutar! Hei-de lutar. Até lavar com o meu sangue toda a dor. Hei-de lutar! Até haver entre os homens AMOR. Hei-de lutar Até esgotar todas as forças que há em mim. Hei-de lutar Hei-de lutar. Não quero sonhar mais homens assim. Hei-de lutar! Hei-de lutar! Hei-de lutar.” |
KANIMAMBO!
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